Sou um contador de histórias que escreve o que a vida conta e que conta as contas de uma vida nas histórias de várias vidas.

Histórias que não cabiam nos jornais

É um livro-reportagem com histórias reais, vividas pelo autor na sua carreira como jornalista. São dez contos escritos a partir de anotações feitas em bloquinhos de reportagem.
Até o final da década de 90 e também no começo dos anos 2000, os jornalistas anotavam as informações que colhiam em bloquinhos de papel. 
Essa prática foi substituída posteriormente pelos gravadores de voz e pelos celulares, que registram imagem e voz ao mesmo tempo. 
Durante a pandemia, arrumando arquivos, o autor redescobriu os bloquinhos e achou boas histórias neles. Começou a redigir. As anotações renderam três livros que vão integrar uma série intitulada “Paixão e Perigo”.
Essa série mostra neste primeiro livro “Histórias que não cabiam nos jornais” episódios onde o autor foi ameaçado de morte ao fazer o seu trabalho de jornalista. 
 Já o segundo livro vai mostrar as aventuras que ele viveu por ser jornalista e por estar em locais que só a profissão permitia, e o terceiro trará os amigos que fez nesse tempo.

Apenas um Esbarrão

(…) Após um casamento interrompido por traição e uma série de relacionamentos desastrosos, Clarice, uma jornalista da Folha de São Paulo, perde a confiança nos homens. No entanto, tudo muda quando ela conhece o delegado André Freitas no metrô de São Paulo. André parece ser o homem perfeito – é bom de papo, empático, leal, surpreendente, extremamente bem-humorado e incrivelmente criativo. Apesar disso, Clarice acende um sinal de alerta: homens perfeitos não existem… As decepções do passado e sua intuição a levam a hesitar em se envolver com ele. Porém, Sofia, sua filha, prestes a se formar em Psicologia na universidade, não quer ver a mãe sozinha na festa. Com as circunstâncias conspirando a favor, Clarice e o delegado embarcam em um romance tórrido. As coisas tomam um rumo diferente quando uma mulher desconhecida alega que André não é quem ele diz ser. No meio desse dilema, Clarice se questiona se deve acreditar em André ou não, enquanto enfrenta o desafio de confiar novamente após tantas decepções amorosas. Valeria a pena perder o último homem perfeito do mundo?

A última noite de Helena

(…) Com um gesto de nariz, ele aponta a mesa de uma adolescente de corpo mignon, cabelos negros, lisos, quase à altura das orelhas.

Descente de japoneses, não muito alta, rosto redondo, com uma pequena cicatriz no queixo, cabelos negros e lisos também, a mulher que o acompanha não responde de imediato.

Os dois estão abrigados atrás de uma coluna no salão de entrada da boate Liverpool Night Clube para observarem sem serem notadas.

A boate ainda está quase vazia. O movimento só fica maior após uma da manhã. Mas as pessoas começam a chegar em grupos barulhentos. O vozeiro, ao som das batidas secas do grupo que anima a noite, dá impressão de mais gente e de mais animação.

Catarina

(…) Ao chegarem no quarto, os irmãos viram Bernardo já desmaiado e caído no chão ao lado da cama, como se estivesse morto.
Benjamin saiu atrás de Catarina gritando por socorro, chorando muito e dizendo que não queria que o avô morresse.
Samuel ficou tentando levantar o avô para colocá-lo na cama novamente. Mas não conseguiu força suficiente. Bernardo era pesado. Estava muito acima do peso. Cultivava uma barriga proeminente.
Catarina chegou com Joaquim logo depois e com alguns empregados do vizinho e todos seguiram para o hospital.
– Fiquem aqui e, se precisarem, peçam ajuda à dona Ísis, Catarina disse aos irmãos antes de sair para acompanhar o avô.
Bernardo deu entrada no Hospital da Unimed com embolia pulmonar decorrente da Covid-19.

Quase poesia

(…) Amar é viver
com os pés no mar.

Esperei uma vida inteira
para que você surgisse
e outras tantas vidas minhas
se perderam sozinhas
na ilusão primeira
de que você não existisse.

Gosto de você
como quem tem um jardim em uma única flor.

A menina do casarão branco

(…) De repente, encontro baratas gigantes que gritam para que eu pare e usam suas antenas como espadas.
Na hora em que vão me matar, aparece o zorro e luta contra elas, me salvando.
Subo em um cavalo branco, que sai em disparada rumo a um vale encantado.
Lá no fim da trilha existe uma princesa toda bonita que me espera para se casar.
Mas ela não tem dentes.
Então, eu fujo sem olhar para trás.
Fecho os olhos cansado e quando os abro estou em um show de Sandy e Jr. Eles gritam: – Vamos pular, vamos pular, vamos pular. Eu pulo e metade de mim vai, metade de mim fica.
A metade que ficou desmaia e a metade que foi para no ar.
Só aí percebo que acabou a tequila.
Cadê o garçom?
Olho em todo lugar e não encontro ninguém. A Covid varreu os bares. Todo mundo se esconde em casa com medo. Eu tomava tequila sozinho.
A polícia chega e diz: você está cercado.
Que bad!

Foi o que li nos olhos dela

(…) Anne perde o marido assassinado. Imediatamente se torna a principal suspeita. Afinal, poderia herdar milhões com a morte dele. Quase duas horas após o crime, ela ainda tem mãos e roupas sujas de sangue. Responsável pela investigação, o delegado Paranhos não tem dúvidas: ele a prende. Mas a partir dali diversos fatos vão se sucedendo à medida que chegam pessoas à casa, local do crime. Muitas revelações acontecem. Depois de Anne, a suspeita recai sobre o mordomo. A cada novo fato, outros personagens entram na alça de mira do delegado e dos seus fiéis auxiliares. Ao final, não se sabe mais quem de fato possa ter cometido o crime. A intrincada teia de envolvimentos e de responsabilidades só se desenrola com a chegada de um personagem inesperado. É ele quem revela tudo o que aconteceu. Apesar de toda a investigação, a polícia se surpreende.

Já vai?

Antes de ir, faça o seu cadastro para receber informações e promoções diretamente no seu e-mail. A vantagem é saber antes.